domingo, 18 de novembro de 2007

E a vaquinha foi pro brejo

Há um conto, muito difundido por sinal, que diz que uma família paupérrima morava nos arredores de uma zona rural. Sua fazenda era a mais árida, ressequida, sem recursos de toda a região, e o único sustento da família era uma vaquinha leiteira. Certo dia, um sábio passou por ali. Analisando a vida daquela família, pegou a vaca e conduziu até um brejo, onde a pobrezinha morreu, atolada. Passado algum tempo, o sábio voltou à fazenda, encontrando a terra próspera e trabalhada. Isso se devia à morte da vaquinha.
Bem, resumidamente, este é o conto. E o que nos ensina? Muitas vezes nos apegamos a alguma coisa - ou pessoa - pensando que ela é essencial para nossa sobrevivência. A vaquinha, no conto, tornou-se um entrave no desenvolvimento da família, que, acomodada, não pensava jamais em evoluir. Parecia que a situação, sem a fonte do leite, apenas pioraria. Não paravam para imaginar como poderiam melhorá-la.
Claro que isso acontece na vida, diariamente, com milhares de pessoas. Amigos ruins, relacionamentos daninhos, empregos desgastantes. São nossas "vaquinhas". Vamos cuidando delas, com carinho, com zelo. Aguentamos mais do que podíamos, e bem mais do que deveríamos por causa da firme convicção que se está "ruim com ele, pior sem ele".
A solução dos problemas aparece justamente quando a vaca vai pro brejo. Nos primeiros dias, pensamos que vamos morrer. Mas -que surpresa! A vida continua. E o tempo vai passando, a dor da perda vai se aliviando... E todo um horizonte de possibilidades se descortina diante de nós.

Sua vaca foi pro brejo? Graças a Deus! No começo será doloroso, mas lembre-se de aproveitar a oportunidade. Saiba que você não só vai SOBREviver. Aí é que você vai VIVER mesmo.